Internacionalização de Empresas Brasileiras Um Estudo Sobre o Grupo Votorantim
- Luiza Helena Araujo Blasi e Andresa S. N. Francischini
- 28 de out. de 2024
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Por Luiza Helena Araujo Blasi e Andresa S. N. Francischini
A Votorantim Cimentos, do Grupo Votorantim, se tornou uma das grandes empresas brasileiras a expandir suas operações para o mercado internacional. Esse movimento é relativamente recente para empresas brasileiras, que antes eram mais focadas no mercado interno. Mas, com a globalização e a necessidade de buscar novas oportunidades, muitas, como a Votorantim, começaram a olhar para fora do país. No caso específico da Votorantim Cimentos, essa expansão trouxe mais estabilidade e chances de crescimento, principalmente com o modelo gradual de internacionalização que seguiu.
O Modelo de Uppsala propõe que as empresas se internacionalizem aos poucos, primeiro com exportações, depois com parceiros locais, até estabelecer fábricas e escritórios próprios. Foi exatamente isso que a Votorantim fez: começou na Bolívia e, com o tempo, ampliou suas operações para Canadá, Estados Unidos e outros países da América Latina. Esse método ajudou a empresa a entender melhor o mercado externo e a reduzir os riscos de uma expansão muito rápida, algo que poderia ser arriscado para uma empresa ainda focada no Brasil.
Outro ponto interessante é que o mercado de cimento no Brasil tem características de oligopólio, ou seja, poucas empresas dominam a produção e venda do produto, e a Votorantim é uma das líderes. Isso acontece porque o setor tem altos custos de entrada, o que dificulta o surgimento de novas empresas. Assim, empresas como a Votorantim aproveitam essa barreira para consolidar sua posição, investindo em diferenciação de produtos e tecnologias mais avançadas para se manterem competitivas.
No entanto, expandir para outros países não é simples. Cada mercado tem suas próprias regras, cultura e desafios, o que exige adaptação das empresas brasileiras. A Votorantim conseguiu superar essas dificuldades investindo em uma estratégia que envolve conhecer o mercado local e adaptar seus produtos e operações para atender às exigências regionais. Isso trouxe bons resultados, como o aumento na capacidade de produção e uma maior presença global, o que fortaleceu a empresa mesmo em momentos difíceis no Brasil.
No geral, o processo de internacionalização da Votorantim Cimentos serviu como exemplo de sucesso para outras empresas brasileiras. Ao diversificar suas operações, a empresa conseguiu não só aumentar seu faturamento, mas também reduzir a dependência do mercado interno. Esse movimento de expansão não só abre portas para novos negócios, mas também eleva a posição do Brasil no cenário econômico global, mostrando como as empresas brasileiras podem competir e prosperar em mercados estrangeiros.
Luiza Helena Araujo Blasi e Andresa S. N. Francischini, respectivamente, aluna e docente do curso de Ciências Econômicas da Universidade Presbiteriana Mackenzie.


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